quinta-feira, 18 de agosto de 2011

'Ilhas de calor' predominam em Manaus, diz chefe do Inmet

Semmas pretende fazer um estudo para identificar estas áreas e subsidiar Plano Diretor de Arborização Urbana

Termômetro na avenida Djalma Batista, Chapada, atesta a temperatura elevada registrada em Manaus
Termômetro na avenida Djalma Batista, Chapada, atesta a temperatura elevada registrada em Manaus (Márcio Melo)
Bairros e localidades como Centro, Adrianópolis, Vieralves, Aleixo e Avenida das Torres e Chapada estão entre as maiores “ilhas de calor” de Manaus, áreas onde as temperaturas são mais elevadas, podendo chegar até mesmo a 50 graus.
Vegetação inexistente, trânsito intenso de veículos e áreas concretadas destinadas a construção de empreendimentos contribuem para este ranking de "ilhas de calor" em Manaus.
“Onde não tem floresta densa nem mata virgem as ilhas de calor predominam. Manaus virou um canteiro de obras e isto também afeta o aumento no temperatura”, diz a chefe do 1º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Lúcia Gularte.
Conforme Gularte, as “ilhas de calor” são o oposto dos “micro-climas”, os locais com área arborizada que ajuda a amenizar os calores intensos. Ela citou como exemplo a floresta do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Para Lúcia Gularte, a ausência de planejamento para a cidade provocou a expansão de "ilhas de calor" de Manaus e são poucas as localidadades com o perfil de "micro-climas".
Estudo
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), contudo, pretende fazer um diagnóstico para identificar onde estão “ilhas de calor” em Manaus.
Para isso, instituiu uma comissão temporária cuja criação foi publicada no Diário Oficialdo Município nesta terça-feira (16). A comissão vai selecionar uma entidade para atuar como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) para atuar como parceira.
O resultado do estudo deve fornecer subsídios para o Plano Diretor de Arborização Urbana e do Zoneamento Ecológico Econômico de Manaus.
Conforme a assessoria, a Semmas pretende realizar intervenções para melhorar a qualidade térmica.
Planejamento
Para a chefe do 1º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Lúcia Gularte, “Manaus toda é uma ilha calor” devido à falta de planejamento e ausência de projetos paisagísticos.
“Por estas ilhas entende-se como uma localidade modificada sem planejamento. Onde não tem árvore plantada, a evaporação não melhora e o aquecimento vai acontecer. O CO2 (gás carbônico) emitido pelos veículos, por exemplo, quando entra em contato com o vapor d´água e outras moléculas modifica a química da atmosfera e esta reage”, explicou.

Defensores públicos federais anunciam paralisação na segunda pela indicação do novo chefe da DPU

A paralisação está sendo coordenada pela Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), mas a entidade ainda não sabe quantos dos 470 profissionais vão aderir ao movimento

O defensor público-geral da União, José Rômulo Plácido Sales (Elza Fiúza/ABr)
Defensores públicos federais de todo o país poderão deixar de trabalhar na próxima segunda-feira (8) como forma de protesto contra a demora da Presidência da República em indicar o novo chefe da Defensoria Pública da União (DPU). O mandato do atual chefe do órgão, José Rômulo Plácido Sales, acabou hoje (5) e ainda não houve indicação do substituto.
A ausência de comando na DPU, segundo os defensores, pode causar transtornos no atendimento a causas que envolvem órgãos ou empresas públicas federais, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Caixa Econômica Federal. Os defensores públicos dão assistência pública gratuita à população que não tem meios para pagar advogados.
A paralisação está sendo coordenada pela Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), mas a entidade ainda não sabe quantos dos 470 profissionais vão aderir ao movimento. Na segunda, às 9h, a categoria vai se reunir em assembleia para debater que medidas serão tomadas para chamar a atenção para o problema. Mesmo que os defensores não estejam presentes, eles poderão votar as propostas por telefone ou por e-mail.
A Anadef acredita que a demora mostra descaso do governo com a DPU. “Chegará um momento que o aluguel não será pago, nem teremos internet para protocolar os processos eletrônicos, nem dinheiro para a gasolina. Ficará impossível realizar o trabalho, pois toda a gestão depende do defensor público geral", afirma o presidente da Anadef, Gabriel Oliveira.
De acordo com a entidade, a lista tríplice, formada a partir de eleição realizada entre os membros da carreira, está, há mais de um mês, aguardando a escolha da presidenta Dilma Rousseff. Além da nomeação do defensor-geral, a categoria espera a escolha do subdefensor e do corregedor, cargos vagos desde março de 2010.