sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Árvores do Centro Histórico de Manaus podem estar sendo envenenadas, diz Semmas

Órgão ambiental de Manaus descobriu indícios e furos para aplicação de herbicidas e determinou investigação policial

Árvores nas ruas Eduardo Ribeiro e Monsenhor Coutinho podem morrer devido à aplicação de herbicidas
Árvores nas ruas Eduardo Ribeiro e Monsenhor Coutinho podem morrer devido à aplicação de herbicidas (Divulgação/Semmas)
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) descobriu indícios de possível envenenamento com herbicidas de árvores existentes na avenida Eduardo Ribeiro, entre as ruas Monsenhor Coutinho e Dez de Julho,  no Centro de Manaus.
Um relatório técnico elaborado pela Diretoria de Arborização Paisagismo e Áreas Protegidas da Semmas será encaminhado para a Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente para a instauração de inquérito policial visando a apuração do crime ambiental.
Segundo o relatório, as árvores danificadas são da espécie Ficus, Licania tomentosa (oitizeiro) e Syzygium malaccense (jambeiro). Nas árvores, foram encontrados e documentados pela inspeção furos que teriam sido utilizados para a aplicação de herbicidas.
A investigação foi determinada pelo secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, após tomar conhecimento do fato através de relatos nas redes sociais.
Segundo ele, as árvores existentes naquela via central da cidade têm relevância paisagística para o entorno do Centro histórico e um atentado a essas espécies arbóreas tem que ser devidamente apurado e combatido  a fim de que seus causadores não fiquem impunes.
O secretário determinou também o envio de amostras das espécies para análise química laboratorial que constatará o envenenamento.
A secretaria vai solicitar também do Centro Integrado de Operações da Polícia Militar (Ciops) as imagens das câmeras de vigilância daquela área a fim de tentar identificar os agressores.
“Os dois ficus e o oiti ainda têm folhas verdes, o que é um indicativo de que existe funcionamento vegetativo na árvore, mas o jambeiro já está morto”, afirmou a chefe do Setor de Corte e Poda da Semmas, Eliane Souza, que fez a vistoria nas árvores.
Ela observou que em uma delas chegaram isopor para tampar os furos por onde teriam sido aplicados os herbicidas.
Se descoberto, o responsável pelo crime ambiental pode ser penalizado, com multa, autuação e até prisão.
As informações são da assessoria de comunicação da Semmas.

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